Seara / Vila Seca

Seara

Os lugares da Seara eram, no final do século XIII, todos do Hospital - o que demonstra que desde 1258 a Ordem continuara a adquirir por aqui, bens (porque naquele ano e antes, ainda a honra da Seara "Senra" era de Mem Gonçalves,("miles") local). Pelo século XIII se fez a doação de Afonso Rodrigues, da sua herdade junto a Poiares.

O monte "Crasto" fortificação romana, domina toda a pequena povoação.

É terra de belas e temporãs uvas e bom azeite. No rio Tanha, que lhe banha os pé, lá para os lados de Escábedas (Escadavaz) trabalhava o velho moínho que moía o trigo fabricando assim a famosa farinha "alveira" branca como a neve! Hoje, já não há moleiro, nem trigo para moer. Somente o velho moínho, em ruínas, espera que o tempo se encarregue de lhe dar sepulturanas águas que outrora faziam girar a sua "mó".

Os seus habitantes, gente trabalhadora e boa, de profundos sentimentos religiosos, almas crentes abertas a infortúnios alheios, bem se pode dizer deles - gente nobre -, pois a verdadeira nobreza é dos sentimentos.

Tem como padroeira S.ta Luzia, cuja festa os searenses celebram a 13 de Dezembro.

Vila Seca


Vila Seca era, havia muito, uma honra dos Sousões e nessa altura pertencente ao Hospital, a mosteiros, Igrejas e herdadores.

Quando D.Dinis tentava, a última fundação da sua "pobra" de Vila Real, fez um escambo com a Ordem do Hospital, que lhe cedem vários lugares para a dita "pobra" (v.Panóias) em troca de outros, um dos quais foi a Garganta, termo de Poiares; bem como a venda de Elvira Soares, da sua herdade de Vila Seca, onde também doara bens a dita D. Teresa Gonçalves. Mas parece que houve oposição ao cumprimento do escambo, pois só depois de uma reclamação da Ordem junto da coroa é que esta obrigou os opositores, fossem quais fossem, a entregar os ditos lugares (entre eles a Garganta) ao Hospital (1223) .

Os habitantes desta aldeia são trabalhadores, apegados à terra, embora conte com alguns emigrantes.

Tem batata à farta, bastante azeite, vinho e árvores fruteiras, aliás, como todas as aldeias da Freguesia, incluindo Poiares.

A Padroeira da aldeia é Santa Maria Madalena, cuja festa se comemora na 1ª segunda-feira de Agosto.

O clima é ameno (menos áspero que o de Poiares) mas também tem os seus dias frios.

É nesta aldeia que se faz o cruzamento dos autocarros diários para Vila Real e Régua, mais propriamente no lugar chamado Estrada..

2 comentários:

  1. BOM DIA!
    Estou a fazer a arvore genealogica de:Manoel Rodrigues Matheus casado que foi com Joanna da Sylva que mais tarde aparece como Joanna da Sylva Gachido!?Por favor Gostaria de saber sobre livros de historia e povoamento de Villa Seca de Poyares, para que saiba como eram e viviam os que aí permaneceram..
    Agradecimentos
    zuleika

    ResponderEliminar
  2. Olá boa tarde, também eu tenho esse casal na minha arvore, poderiamos trocar ideias?
    Paulo Dinis
    pjdinis@gmail.com

    ResponderEliminar